Seja apenas para pequenas correções estéticas ou até casos
de obsessão por cirurgia plástica, esse tipo de procedimento nunca
deixa de ser extremamente buscado, mesmo com os riscos. Saber
identificar quando é uma boa opção é necessário.

Quando a cirurgia plástica é uma opção?

Já não é nenhuma novidade a procura, algumas vezes exagerada, por um corpo ou rosto que a pessoa julga ser perfeito, através de cirurgia plástica. O tema já foi pauta de enormes e quase sempre intermináveis discussões entre os que acham que tudo é válido para estar satisfeito com a própria aparência e aqueles que acham que o limite entre o aceitável é muitas vezes extrapolado.

Essa é uma questão bem subjetiva, não existe certo ou errado, se a pessoa não se encontra satisfeita com a sua aparência e sente a necessidade de uma mudança via um processo cirúrgico, ela tem o total direito e a decisão cabe apenas a ela própria.

Talvez a única ressalva seja quando a questão entra em um campo que pode prejudicar a saúde e em alguns casos até levar a morte. Acreditem, casos extremos como esses não são difíceis de serem encontrados, inclusive no meio artístico, onde as cirurgias plásticas são usadas constantemente.

Mas mesmo sendo algo que é debatido com frequência, volta e meia vemos algum tipo de procedimento ser bastante procurado. O desafio talvez seja saber identificar quando esse recurso é realmente necessário ou se passa apenas por um desejo momentâneo de mudança na aparência. Em algumas situações, de fato não há a necessidade e a pessoa se arrisca sem motivo.

Números de Cirurgias Reparadoras crescem nos últimos 5 anos

Uma situação em que o uso da cirurgia plástica se mostra necessário é um tipo que vem em constante crescimento. São as Cirurgias Reparadoras, usadas para corrigir deformações congênitas ou adquiridas. Dados da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) apontam um crescimento de cerca de 200% nos últimos 5 anos. Pelos mais variados tipos, que vão de retiradas de tumores de pele, reconstrução mamária até acidentes domésticos.

O crescimento está relacionando principalmente com casos de câncer de pele e após cirurgias de redução de estômago, onde o paciente pode precisar de até cinco cirurgias plásticas para a retirada de pele na barriga, de acordo com a entidade. Os casos de acidentes domésticos também contribuem para esse cenário.
Mas os procedimentos estéticos ainda são ampla maioria em comparação às reparadoras.

Às vezes a falta de informação contribui para as pessoas recorrerem a alguns tipos de recursos, mesmo tendo outras opções naturais para fazer uma mudança estética que deseja, mas quase sempre a vontade de mudar algo em seu corpo é maior, inclusive, do que os riscos que esses procedimentos carregam.

E quando se fala em riscos, é importante salientar que eles existem sim, até mesmo naqueles que parecem simples, quem diz é o médico Dr. Fernando Prado, ex-presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica. “Os riscos existem, a cirurgia plástica é uma cirurgia como outra qualquer, com os mesmos riscos das demais”, enfatiza o doutor Fernando.

tabela
Infográfico mostra que o número de cirurgias reparadoras obteve grande crescimento nos últimos anos.

O ideal é procurar o máximo de informação sobre aquilo que se pretende fazer, estar por dentro do pré e pós-operatório e se ainda assim a pessoa optar por realizar a cirurgia, o doutor Fernando Prado faz algumas recomendações. “Deve-se estar em um bom hospital, com um cirurgião habilitado com os seis anos de faculdade e os cinco de residência e com o título de especialista em cirurgia plástica, além de ter feitos todos os exames, tem que estar com tudo em ordem para que você tenha a probabilidade máxima de correr tudo bem”, completa Prado.

Mas existem também os casos extremos, nestes é apontada a patologia conhecida como Dismorfofobia que é um transtorno psicológico, responsável por a pessoa não se dar conta que passou dos limites. “A Dismorfofobia faz com que o indivíduo não tenha uma ideia correta da sua própria imagem, então ela vai querer fazer cirurgias plásticas constantemente.”, explica o doutor Fernando Prado. De acordo com o doutor, o médico tem a obrigação de contra indicar a cirurgia quando identificado o problema.

Portanto, havendo de fato a necessidade ou então apenas o desejo de se mudar algo, existem opções e o mais importante, procure sempre um médico e se cerque de todos os cuidados e informações possíveis. O cuidado com a parte estética é válido, mas o com a saúde deve vir em primeiro lugar.

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