Até onde é saudável ser assim?
Quem diria que no século 21 as mulheres estariam “pegando” o papel dos homens e assim comandando a relação afetiva, quem diria que essas relações com papeis altamente invertidos um dia aconteceria. Mas até onde vale a pena ser uma mulher mandona?
Nos tempos modernos, as coisas mudaram, as mulheres também estão tomando conta das relações afetivas, hoje as rédeas do relacionamento têm ficado com elas.
Podemos chamar esse tipo de mulher de “Fêmea Alfa”, as que lideram a relação, assumem os compromissos, tomam as rédeas das situações e mandam nos homens.
Claro que dentro dessa relação existem muitos paradigmas da infância, mas a mulher precisa entender o que de fato é mais importante na relação a dois para ela; impor as suas opiniões ou manter um relacionamento saudável para ambos.
Não vou dizer aqui que o relacionamento precisa ser uma ditadura masculina, onde o homem manda e a mulher obedece, mas precisa ter uma igualdade balanceada na relação a dois.
Para dar certo, as relações precisam ser mais pautadas na igualdade e nisso os casais gays têm muito a nos ensinar.
Mas até que ponto, essa modernidade é boa para a mulher, ou melhor, para a relação? Essa situação é boa para a mulher até a “página 2”, bem porque esse tipo de relação uma hora ou outra acaba enjoando, tanto para a mulher quanto para o homem que está ao lado dela. Essa relação pode gerar um comodismo que começa a ferir a relação, onde tudo vai perdendo a graça. O homem já não vê mais interesse em ter uma mulher que comanda a relação e por outro lado, a mulher vai perdendo um pouco de sua identidade feminina, ou seja, vai perdendo o lado bom de ser a “mulher” da relação, e de também ser cuidada pelo homem.
Outro dia conversando com um amigo ele me fez a seguinte indagação: Até onde a mulher consegue bancar a mandona? Será que consegue mesmo, ou tudo virou uma competição?
Não podemos dizer que tudo é uma competição dos sexos, bem porque existem muitas mulheres que foram criadas para serem os “homens” das relações. Mulheres que desde muito cedo tiveram que assumir papeis masculinos dentro do seu círculo familiar, ou seja, assumir casa, ajudar na criação de irmãos, ser arrimo de família.
Mas chega um momento da vida da mulher que ela já não quer mais bancar essa situação tão masculina na vida dela, e isso acaba se tornando um peso.
Para alguns homens essa posição da mulher é confortável sim, bem porque ele quer que ela assuma as responsabilidades que ele não quer assumir, preferindo delegar à mulher disposta a cumprir o papel de provedora da relação. Também tem aquele homem que cresceu com uma mãe mandona e autoritária que tem a tendência de levar esse modelo para os seus relacionamentos afetivos.
Existem os homens que gostam desse tipo de mulher porque querem delegar as suas responsabilidades, querem continuar em sua zona de conforto.
Porém tem os que não gostam, os que se assustam com esse tipo de mulher e que de certa forma não querem uma “concorrência” de sua masculinidade. Há mulheres bem sucedidas, independentes, muito auto suficiente e que mesmo sem querer acaba diminuindo o homem que está ao seu lado, fazendo com que ele se sinta inferiorizado ou mesmo desvalorizado por ela, o homem que se sente dessa forma, acaba perdendo o interesse por essa relação.
Mulheres controladoras demais acabam sendo chatas e a tendência é o homem perder a paciência e se sentir altamente sufocado e acabar se afastando dessa relação.