Tema responsável por discussões e opiniões distintas por professores, pais e aluno. Em tempos de smartphones e tablets tão presentes na sociedade, como usar toda essa tecnologia em sala de aula sem tirar atenção dos alunos no conteúdo aplicado pelo professor?
A cada ano vemos situações aparecerem tais quais como ondas que não podem ser paradas. A chegada de maneira avassaladora da tecnologia, principalmente entre os jovens (e quando digo jovens, entenda como muito jovens) nos mostra isso com uma exatidão absurda. O problema é que essa série de inovações muitas vezes colocam pais, professores e orientadores em uma situação delicada. Como usar tecnologia em sala de aula?
Esse tema divide opiniões. Uns acham que é de extrema importância, por acreditarem que não se pode deixar de utilizar essas inovações a favor dos alunos. Por outro lado temos aquela ala um pouco mais tradicional, apostando que a boa e velha caneta, aquele livro de papel jamais perdem sua utilidade, abrir mão de meios como esses pode prejudicar o crescimento intelectual de nossas crianças.
Certamente ambas opiniões tem sim muito fundamento. E esse é o grande dilema, encontrar um equilíbrio entre a tecnologia a favor dos jovens sem abrir mão do tradicional. Para muitos essa é uma luta que já começa perdida. Mas afinal, como competir contra um movimento que apresenta como características crianças que sequer aprenderam a falar mas sabem como destravar um smartphone? Que antes de entrar na escola já jogam no computador. Naturalmente essa geração vai encontrar dificuldade em aceitar uma metodologia de ensino arcaica, que expõe a anos e anos uma mesma forma de ensinar.
O ideal é mesmo que não haja uma troca repentina de métodos educacionais, isso demandaria uma briga longa, investimentos altos e uma série de discussões e debates. Mas sim que novas fórmulas sejam incorporadas de maneira gradativa na educação.
Na visão de alguns professores tentar barrar o avanço da tecnologia nas escolas é o grande problema. “Estamos no século 21, não tem como dar aula como se dava há 10 anos “ diz Gláucia Brito, professora do departamento de Comunicação Social da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e especialista em Tecnologia na Educação, em entrevista ao o jornal Gazeta do Povo.
Em diversas escolas particulares o uso de notebooks e tablets já foi adotado a um certo tempo. O que gera uma série de reclamações e críticas sobre essa prática.
A maior reclamação fica por conta da atenção que aparelhos como celular, por exemplo, irão receber dos alunos, muito maior do que o conteúdo que esta sendo transmitido pelo professor, o que já foi mostrado que feito da forma correta, não acontece.
Entretanto, é de extrema importância que não se tente colocar tudo o que foi usado até agora em extinção.
O índice de crianças nas escolas do ensino médio que têm dificuldades enormes em leitura simples ou que por não praticarem a escrita possuem letras indecifráveis, que deixariam muitos médicos e farmacêuticos com inveja.
Antes de se tentar fazer uma mudança extrema como essa, têm de se entender como funcionaria, o que poderia ou não ser utilizado e mantido. Uma discussão que deve ser feita o quanto antes, afinal a tecnologia avança como se não houvesse limites.
E talvez de fato, não haja.