Não é sobre beleza é sobre saber o seu valor
Eu sempre volto a esse tema, porque para mim está mais do que evidente que as pessoas, (em especial as mulheres e eu me incluo nessa) tem ou já tiveram problemas com a autoestima.
E muitas de nós já se renderam à crença de que é necessário estar bem arrumada, maquiada e linda para ter sucesso no amor e na vida profissional.
Quero deixar claro que não estou excluindo os homens quando falo de autoestima. A questão é que para nós, esse tema é muito gritante e impacta nossa vida em todos os nossos papeis.
Caso você esteja chegando agora por aqui, dá uma olhada nos artigos anteriores onde eu falo sobre os comandos que elevam a autoestima. E para que todas e todos entendam um pouco melhor, vou explicar como se forma nossa autoestima.
Quando éramos crianças nos enxergávamos através dos olhos dos adultos que cuidaram de nós. E essas pessoas (sem saber das consequências) disseram coisas sobre nós a partir do olhar e da bagagem emocional delas.
Isso pode parecer um pouco complicado no início, mas sei que vai entender.
Esses adultos, nos diziam coisas do tipo:
- Que menina chata, que fala demais!
- Nossa, você não gosta de nada!
- Que horror! Puxou o pai ou a mãe!
- Ela é assim mesmo, uma manteiga derretida. Chora por qualquer coisa!
- Como você é desorganizada.
- É muito tímida!
- Essa criança não come nada. Ela é muito enjoada.
- Vixe! Ela não gosta de estudar
- É muito bagunceira e larga tudo jogado
- Só pensa em gastar. Pensa que dinheiro nasce em árvore
Você percebeu de onde vem a imagem que tem de você mesma/o?
Pode ser que tenha ouvido coisas parecidas ou diferentes, melhores ou piores talvez. Não importa. O importante é perceber se o que pensa de você mesmo/a é seu ou de outra pessoa.
A verdade é que tudo que ouvimos de positivo ou negativo, dos pais, cuidadores, escola, igreja, avós e qualquer outra pessoa de importância na nossa infância, foi determinante para construirmos a nossa imagem e reconhecermos o nosso valor.
Algumas pessoas (poucas) reconhecem o seu verdadeiro valor e se percebem merecedoras do amor, do prazer, da abundância e da prosperidade.
A grande maioria, tem um sentimento de menos valia, inadequação e não merecimento. Até dizem que podem e querem ter o que quiserem, mas suas ações e resultados mostram o contrário. Porque a mente pensa, mas o coração não sente isso de verdade. E por esse motivo sentem um grande vazio, mesmo quando compram as melhores roupas e estão sempre bem arrumadas.
Diariamente atendo mulheres super bem sucedidas no trabalho, lindas, financeiramente estáveis, mas que precisam constantemente da aprovação dos outros e rastejam por atenção e carinho. E mulheres que tem um amor, mas não conseguem lidar com os desafios de uma relação.
A boa notícia é que existem meios de sairmos desse estado de baixa autoestima para vivermos uma vida mais leve, abundante e prazerosa, reconhecendo nosso verdadeiro valor.
É fácil?
Nem sempre, porque muitas vezes dói olhar para o precisa ser olhado, de fato. Em muitos casos é necessária ajuda profissional. Porém, não olhar para essa dor, fingir que está tudo bem, continuar triste, com a sensação de vazio e repetindo os resultados negativos também dói.
A mudança começa com a decisão de qual dor queremos sentir. Eu escolhi buscar ajuda e encarar as dores da minha criança interior e viver melhor. Por isso hoje sou capaz de ajudar outras pessoas.
E você, que dor escolhe? Enxergar o seu valor, ou continuar acreditando no que disseram sobre quem você é?