A Síndrome do Pânico é um tipo de transtorno de ansiedade onde ocorrem ataques repetidos de medo intenso de que algo ruim aconteça de forma inesperada.
Uma situação desesperadora em que a pessoa sente tontura, falta de ar, taquicardia, medo, suor e frio, entre vários outros sintomas.
Essa tensão toda, se for recorrente e diagnosticada por um médico, é chamada de Síndrome do Pânico, que pode ser provocada por um episódio de limite ou desafio em que o indivíduo tem dificuldade de ‘‘dominar’’ o ambiente em que vive.
Durante as crises, que duram até meia hora (com picos entre 5 e 10 minutos) e são três vezes mais comuns em mulheres, o cérebro envia sinais para o corpo fugir ou lutar, mas esse alarme está desregulado. Pode ser no meio de uma multidão, no engarrafamento, metrô, elevador, shopping, supermercado ou na fila do banco etc.
Uma crise de Síndrome do Pânico é também caracterizada por boca seca, tremores, tonturas e um mal-estar geral, acompanhados pela sensação de que algo terrível irá acontecer. A pessoa sente que pode enlouquecer e até mesmo morrer nos minutos seguintes, o humor nesse período parece uma montanha-russa: os picos de ansiedade, pressão e respiração atingem depois um estado de exaustão e sonolência, como se fosse o fim de uma guerra.
Causas
A Síndrome do Pânico é três vezes mais comum em mulheres do que em homens. Os sintomas normalmente dão início antes dos 25 anos, mas podem ocorrer depois dos 30.
Apesar da síndrome do pânico ocorrer em crianças, ela normalmente não é diagnosticada até que as mesmas sejam mais velhas.
A genética pode ser um fator determinante e a causa é desconhecida. Pesquisas indicam que se um gêmeo idêntico tem síndrome do pânico o outro gêmeo também desenvolverá o problema em 40% das vezes. No entanto a síndrome do pânico em geral ocorre sem que haja nenhum histórico familiar. Esse transtorno é causado pela chamada ansiedade patológica.
De acordo com os psicólogos, a ansiedade é um estado emocional natural e é completamente normal o sentimento de querer antecipar o futuro para evitar perigos ou tentar controlar danos. O problema fica caracterizado quando essa ansiedade começa a causar muito sofrimento para a pessoa. A preocupação culmina nas crises e o indivíduo fica ainda mais ansioso porque não sabe quando a próxima irá acontecer.
O ataque de pânico começa de repente e na maioria das vezes atinge seu ápice dentro de 10 a 20 minutos. Alguns sintomas podem continuar por uma hora ou mais. Um ataque de pânico pode ser confundido com um ataque cardíaco.
Os ataques de pânico podem incluir ansiedade por estar em uma situação da qual seria difícil escapar (como estar no meio de uma multidão ou viajando em um carro ou ônibus).
Uma pessoa com síndrome do pânico muitas vezes vive com medo de ter outro ataque e também pode ter medo de estar sozinho ou longe da ajuda médica.
As pessoas com síndrome do pânico têm pelo menos quatro dos seguintes sintomas durante um ataque:
-Dor no peito ou desconforto;
-Tontura ou desmaio;
-Medo de morrer;
-Medo de perder o controle ou de uma tragédia iminente;
-Sensação de engasgar;
-Sentimentos de indiferença;
-Sensação de estar fora da realidade;
-Náuseas ou mal-estar estomacal;
-Dormência ou formigamento nas mãos, nos pés ou no rosto;
-Palpitações, ritmo cardíaco acelerado ou taquicardia;
-Sensação de falta de ar ou sufocamento;
-Suor, calafrio ou ondas de calor;
-Tremores.
Os ataques de pânico podem alterar o comportamento em casa, na escola ou no trabalho.
As pessoas com a Síndrome do Pânico muitas vezes se preocupam com os efeitos de seus ataques, que não podem ser previstos. Pelo menos nos estágios iniciais do transtorno, não há nada específico que desencadeie o ataque. Lembrar de uma crise anterior pode resultar em uma nova crise de pânico.
Muitas pessoas com síndrome do pânico buscam tratamento primeiro no pronto- socorro, pois os sintomas lembram ao de um ataque cardíaco. O médico realizará um exame físico, incluindo uma avaliação psiquiátrica e serão realizados também exames de sangue. Outras doenças devem ser descartadas antes de diagnosticar a Síndrome do Pânico. Devem ser considerados distúrbios relacionados a abuso de drogas, já que os sintomas se assemelham aos de ataque de síndrome do pânico.
Complicações Possíveis
As pessoas com Síndrome do Pânico tendem a lidar com seu medo usando álcool ou drogas ilegais, têm mais probabilidade de ficar desempregadas, ser menos produtivas no trabalho e de ter relações pessoais difíceis, inclusive problemas matrimoniais. Os ataques de pânico podem durar muito e ser de difícil tratamento.
Algumas pessoas com essa síndrome podem não se curar com o tratamento. Entretanto, a maioria das pessoas melhora com uma combinação de medicamentos e terapia comportamental.
Marque uma consulta com o médico se os ataques de pânico estiverem interferindo em seu trabalho, relações ou autoestima.