Você sabia disso?
Não é novidade para ninguém que nosso primeiro contato com as pessoas se dá em família e seja qual for o formato dessa família.
Algumas pessoas, ao nascer, foram cuidadas por outras pessoas que, de certa forma, formaram seu primeiro contato com as pessoas e com o mundo. E mesmo sem a convivência com a família biológica, todas as pessoas tem um pai, uma mãe e uma ancestralidade. Ninguém nasceu de chocadeira….rsrsrs
Esse é um assunto bastante interessante, intenso e delicado ao mesmo tempo. Só que não é propriamente sobre isso que quero falar hoje.
Quero trazer o olhar para a família que você vive, seja ela biológica ou não.
No ambiente familiar, observamos as primeiras noções de sobrevivência, de referências, crenças, conceitos e preconceitos. É nessa família que aprendemos quase tudo que carregamos para toda a nossa vida. E é na nossa primeira infância que nossas primeiras emoções são impressas no nosso coração e na nossa alma (para quem acredita em alma, é claro). E é claro que também trazemos muitas impressões da nossa ancestralidade, mesmo sem nenhum contato consciente com ela.
E como não sabemos o que se passa em nosso inconsciente, só lembramos do que ficou registrado nas nossas lembranças.
Então, na prática, você deve lembrar do quanto se sente uma pessoa amada ou não a partir das ações dos adultos que te criaram e educaram.
Sendo assim, suas atitudes, estão totalmente ligadas às suas referências familiares, mesmo quando você tenta fazer tudo diferente. E muitos de nós, por algum tempo, ou por toda a vida, tenta ser diferentes daquilo que aprendemos.
Infelizmente, muitas pessoas vivem em ambientes pouco saudáveis e abusivos, cheios de hostilidade, julgamentos, comparações, competições, cobranças, incompreensão, exigências, punições, proibições, escassez, privações e violência. E o mais trágico ainda é que muitas vivem todas essas situações.
E por que devemos nos preocupar com isso?
Porque as consequências na vida de pessoas vítimas de ambientes tóxicos, são muito impactantes e em maior ou menor grau elas desenvolvem os comportamentos que definem seus resultados.
- Elas podem reproduzir as mesmas atitudes (de alguma maneira) quando se tornam pais e mães.
- A grande maioria se autossabota e não consegue evoluir na vida
- Mesmo que se esforcem para fazer diferente, muitas vezes se envolvem a em novas relações abusivas
- Um grande número se rende às compulsões e aos vícios
- Nos piores casos, muitas chegam a atentar contra a própria vida
Aliás, aqui quero abrir um parêntese sobre o número crescente de jovens que tiram a própria vida em todo mundo e que nós precisamos tomar providências urgentes para conter essa outra pandemia. Confira os dados em https://delas.ig.com.br/2021-10-05/saude-mental-crianca-adolescente-unicef.html
Agora, a partir dessa clareza, você pode começar a pensar sobre os seus resultados, as experiências da sua educação e as emoções trazidas da sua infância e adolescência.
É importante eu te dizer que essa análise deve ser feita sem o julgamento de “certo e errado” sobre as pessoas envolvidas na sua educação e sim de um entendimento de que elas fizeram o que sabiam fazer naquele momento. E que depois que nos tornamos adultos, cada um é responsável pelo próprio destino, sem culpas e com a certeza que é possível ter resultados melhores.
Talvez você precise de ajuda profissional e está tudo bem!