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Após muita luta e sofrimento, conseguiu ser inocentado da acusação de tráfico

Sander

Quem via Sander Mecca cantando e dançando na TV com a Banda Twister, sucesso juvenil dos anos 2000, certamente não poderia imaginar que por trás daquele rapaz que encantava as fãs, escondia-se um jovem que já estava em contato direto com o mundo das drogas, “tinha 15 anos quando descobri maconha, na própria escola em que estudava…” diz ele. Conforme a banda alcançava um sucesso cada vez maior, ele se afundava também no mundo das drogas, após a maconha, viria a cocaína, ecstasy, e o LSD, droga que viria a levá-lo ao fundo do poço, a prisão.

Passou quase dois anos preso, após ser pego com 10 cápsulas de ecstasy e 10 de LSD em um pub, no bairro dos Jardins, em São Paulo, sendo acusado de tráfico de drogas pelo dono do bar. A partir desse momento, sua vida viria a se transformar profundamente, ao invés de viagens, palco, fãs e sucesso, Sander se viu obrigado a viver atrás das grades acusado de tráfico de drogas, fato que ele garante não ser: “não vou dizer que sou inocente, mas traficante também não sou, e muito menos um perigo à sociedade, pra ficar aqui trancado, vivendo como bicho”, conta em um trecho do livro “Inferno Amarelo” que escreveu enquanto esteve preso e que foi publicado recentemente.

Após muita luta e sofrimento, conseguiu ser inocentado da acusação de tráfico, e depois de um ano e nove meses deixou a prisão, para recuperar o tempo perdido. Hoje vive livre das drogas e do álcool e se joga de cabeça em seu novo projeto musical.

Personalidade forte o suficiente para aos 8 anos decidir o que queria fazer da vida

‘‘Aos oito anos de idade, decidi que queria cantar, queria ser um artista. Digamos que eu tinha pouca idade para decidir algo, mas minha família me respeitou e me encorajou, levando-me a algumas agências. Comecei então, a participar de concurso de calouros mirins na televisão, como no programa da Angélica, Mara Maravilha, Sérgio Malandro e outros. Com 12 anos fiquei sabendo de um concurso. Um grupo que o Gugu comandaria. Uma espécie de ‘‘Dominó’’, mas numa faixa etária menor. Sem perder tempo eu me inscrevi, e fui passando por várias etapas de testes.

Entre cinco mil garotos, foram selecionados apenas cinco. Eu consegui, era um dos escolhidos. Estava formado o Grupo Comando’‘.

Uma série de contra-tempos culminaram com o fim do Grupo Comando e, após o término do grupo, Sander foi se aperfeiçoando tendo aulas de guitarra e freqüentando escola de música.

‘‘Meu amor/ esse amor dá 40 graus de febre/ queima pra valer/queima pra valer”, diz o refrão de “40 graus”. Quem não se lembra desse refrão meloso que fazia a cabeça de todos os jovens no final da década de 90 e início da de 2000.

Foram com essas frases que Sander alcançava a fama. Ao lado de mais quatro integrantes, formava a banda ‘‘Twister’’.

Em janeiro de 2003 é dado o término da banda Twister, e os integrantes resolvem seguir carreiras solo.

No mundo das drogas…

Seu primeiro contato com as drogas foi aos 15 anos, quando experimentou maconha pela primeira vez. Com o passar dos anos foi ficando cada vez mais dependente das drogas. Quando já fazia parte do Twister, Sander sempre esteve sob o efeito de alguma droga, maconha, cocaína, álcool, ecstasy, anfetamina e LSD.
Em 25 de outubro de 2003, sua vida viraria de ponta-cabeça, Sander estava em uma pub, no bairro dos jardins chamado ‘‘O’Malleys’’. ‘’Noite tranquila, amigos e paixão ao redor. De repente, como num passe de mágica, minha vida mudou. Algemas nos pulsos. Muita tensão. Trancado em um cubículo, imundo, fétido. À minha frente, uma grande porta de aço. Nunca vi mais sólido, nunca foi tão sólido o medo, a revolta, o pavor, a ansiedade…’‘ conta Sander.

“Quando o ponteiro marcava mais ou menos duas da manhã, eu estava no banheiro, um segurança subiu pela baia do W.C. e me viu cheirando. Junto com o pó, possuía outras drogas…Outros dois seguranças me agarraram pelos ombros, me arrastando escada a baixo até a saída. Lá já estava o dono do bar com uma viatura da policia…” conta Sander, detalhando o momento em que foi pego.

A vida na cadeia…

De acordo com Sander, sua previsão de ser solto nos dias seguintes foi rechaçada por seu advogado, ‘‘Conheci outro advogado, disse que eu tenho que raspar a cabeça, a barba, tirar os piercings, pois irei para C.D.P., onde se divide a cela com muita gente…’’

Muito sofrimento e situações que viriam a marcar sua vida para sempre, foi dessa forma que Sander passou um ano e nove meses preso do no C.D.P. Belém II (Centro de Detenção Provisória do Belém II).
‘‘Queria tanto ver meus pais, meus irmãos, meus avós. Pedir desculpas pelo desgosto, pela decepção. Eu sei que eles só querem que eu saia logo daqui. Nunca vou me esquecer da cara do meu pai segurando minhas mãos através das grades. O choro dele me comoveu muito, nunca havia visto meu pai chorar antes. Foi mais um motivo para me arrepender de tudo.’’ conta.

Como é de se imaginar, os longos meses em que esteve preso não foram fáceis para ele. Em um desses momentos Sander conta uma situação humilhante a que se teve que sujeitar, ‘’Logo cedo a blitz da Tropa de Choque invadiu o nosso pavilhão. Quando eles entram numa cadeia, fazem por merecer o nome de choque.

Enquanto aguardava amontoado com os outros presos no pátio, um dos soldados me apontou uma arma e indagou se eu não era aquele cantor do Twister. Disse que sim, e em seguida, ele chamou os outros soldados para tirar um sarro, me fazendo cantar a música ‘‘Quarenta Graus’’ na marra. E mesmo tentando me negar, não houve a menor chance: tive que cantar para o Choque. Uma situação ridícula! Com aquela arma fria em minha cabeça, agachado de cócoras no chão, de cueca, obedeci. Isso me custou ouvir muitas piadinhas dos outros presos, depois que o choque partiu.

Relação com os presos…

‘’Mal cheguei a minha cela, já fiz amizade com todo mundo. Colocaram até um cartaz na grade: ‘‘Casa dos Artistas: Twister, Cravinhos, Jango, Menudo, Tony Ramos’’.

Pode-se dizer que Sander era querido pelos outros detentos, fato comprovado no dia de seu aniversário,‘‘No meu aniversá-rio, chamaram todos os presos numa suposta reunião no pátio. Mas chegando lá, me jogaram no meio da roda e me lambuzaram com uma pasta nojenta, que fizeram com óleo, pó de café e açúcar. Demorei umas duas horas pra ficar limpo de novo. Tinha acabado de sair do banho quando me sujaram’‘.

Rotina na cadeia…

Ao longo dos quase dois anos em que esteve preso, Sander dividia seu tempo entre conversas com seus companheiros de cela, levando um pouco de animação aos demais detentos através do seu violão, por muitas vezes tocado à exaustão.

Sander também chegou a frequentar cultos e também trabalhou na cadeia com documentação, tudo que é de caráter administrativo em relação aos presos.

Absolvição…

O dia 28 de junho de 2005, foi marcante. Sander receberia a melhor notícia de sua vida, chegava seu alvará de soltura e a tão sonhada liberdade estava a caminho.

‘‘Quando a diretora me deu a notícia, demorei a acreditar, ria e chorava ao mesmo tempo.

Recebia ali a melhor notícia de minha vida. Uma avalanche de sentimentos veio à tona. Eu, que não sabia quando aconteceria o julgamento da minha apelação, fiquei sabendo direto o resultado. Absolvição!’’ -diz.
Após o longo período em que passava preso, Sander era enfim absolvido de todas as acusações. A justiça finalmente chegava a conclusão de que Sander era sim usuário e não traficante.

Vida após o pesadelo e projetos…

Atualmente, Sander divide seu tempo entre projetos de música, teatro e aulas de musicalização e canto.
‘‘O momento presente está muito bom! Comecei o ano com foco total em reinventar minha carreira. Acredito que tenha sido o tempo certo para o meu amadurecimento pessoal e musical. Em maio e junho me apresentei com o show O Lado A da Canção, onde interpretei clássicos da música popular, com arranjos contemporâneos e algumas pitadas de Jazz.

Paralelo a isso, também reformulei minhas redes sociais, vídeos novos no YouTube, Instagram, Twitter….tudo ativado!

Isso acaba naturalmente gerando um novo público e fortalecendo quem já me acompanha de longa data.
O objetivo do ano é terminar com a gravação do meu primeiro disco solo concluída. Com este objetivo montei uma campanha de financiamento coletivo no Kickante. A ideia é viabilizar através desta ação a produção do disco. Esta nova ferramenta é incrível! Capaz de solidarizar intenções positivas em torno de uma causa. Quem quiser colaborar estará me ajudando a viabilizar esta meta e em troca recebe recompensas exclusivas. Por exemplo: Contribuindo você já garante em primeira mão o disco, assim que for lançado.

http://www.kickante.com.br
Lançamento: Disco solo Sander Mecca
Alguns outros shows também estão sendo programados para o segundo semestre e estarei divulgando na minhas redes, para que todos possam prestigiar.

A última notícia!! Estou na reta final do Prêmio Protege de Música Independente com a música POMPÉIA! Música inédita que está disponível no YouTube: O Lado A da canção, por Sander Mecca.’’

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Tatiane Bertolino
Olá eu sou a Tatiane Bertolino Especialista em Comunicação Empresarial e Network Graduada em Comunicação Social –Jornalismo pela (UNG) Pós Graduada em Comunicação e Marketing pela FMU Especialista em Linkedin Embaixadora da Rede Mulher Empreendedora(RME) em Guarulhos Ceo do Grupo Tempos Modernos desde 2014 Sócia da aceleradora Metodo3ps Fundadora juntamente com o Luiz Empreendedor do evento Maratona de Negócios das Mulheres Empreendedoras Apresentadora do Programa Empreendendo Online pela Tv Folha Metropolitana Membro BNI Endeavor (Business Networking International).

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