Durante toda nossa vida diversas situações irão nos proporcionar momentos de felicidade extrema, a conquista de um bem material, o dia do casamento ou da formatura. Mas um em especial para a maioria das pessoas supera todos esses: O nascimento de um filho.

Os Desafios e Emoções da Maternidade

Sem dúvida esse é o maior sentimento de felicidade de uma mãe e de um pai. Uma mudança por completo na vida de ambos, que agora tem em suas mãos uma enorme responsabilidade. As mães ainda possuem um laço afetivo diferente, imensurável, não que o pai não o possua, com certeza que possui, porém a mãe passa por todo o período de gestação, seu corpo é capaz de gerar uma nova vida, uma pessoa sendo formada dentro dela, não da pra negar que é uma experiência incrível.

Mas a maternidade também é marcada por momentos de turbulência, de muitas dúvidas, incertezas, medo e mais um milhão de emoções e sensações.

Muita coisa cerca o assunto maternidade, a gravidez na adolescência, em uma meia idade e mulheres que buscam realizar o sonho de ser mãe em uma idade mais avançada, tudo isso entre outras coisas é motivo de muita dúvida e até certo medo, quando a gravidez não é planejada ou de risco, tanto para a mãe quanto para o bebê.

A ideia de ter alguém que será completamente dependente delas, para muitas mães não é uma tarefa simples de assimilar, mas é isso que torna uma mulher apta a ser uma boa mãe, entender que um novo ser que estará ligado pra sempre aos pais. Afinal a caminhada agora não é mais sozinhos, a tarefa de preparar um filho para o mundo ao mesmo tempo que é extremamente prazerosa também demanda muita atenção, cuidado, responsabilidade e principalmente muito amor, o corte do cordão umbilical é apenas o começo da relação.

Quando uma gravidez é descoberta é normal uma enxurrada de dúvidas aparecerem. Quando ela não é planejada é de extrema importância o apoio e suporte da família. A falta desse apoio em uma gravidez não planejada na adolescência por exemplo, é um dos fatores que mais implicam em abortos no mundo todo, o medo do julgamento da família, aliada a sensação de abandono pode ser determinante para esse escolha que além de atualmente ser crime é extremamente perigosa.

Quando a gravidez vem um momento inesperado esse apoio da família se faz ainda mais necessário, como no caso da jovem Esther de Lima, 19 anos e que trabalha como atendente em uma academia. No caso dela ter a família ao lado foi fundamental. ‘‘Nunca imaginei ser mãe, não estava nos meus planos muito menos com essa idade. Mas além do pai minha mãe me ajudou bastante, todos aqui na minha casa, toda a família me apoiou.’’

Além de apoio uma boa dose de paciência é bem vinda, dar um suporte até que o baque inicial passe, como diz Esther: ‘‘Primeiro senti desespero, pensei, meu Deus! E agora? Por todo mundo envolvido na história, mas depois fiquei muito feliz por saber’’ completa.

O fato é que a gestação mexe bastante com o emocional da mulher, é completamente normal ficar preocupada, mas muita coisa muda desde o momento em que se descobre uma gravidez, ainda mais quando se é tão jovem até o momento em que se tem o filho nos braços. ‘‘Entendo quando dizem que quando nasce um filho, nasce também uma mãe. É incrível como em um piscar de olhos a vida muda por completo, você realmente enxerga o motivo de uma vida, vê o quanto um ser tão pequeno muda a vida e como depende totalmente de você. Eu agradeço a Deus pelo presente tão perfeito que nos deu. A cada dia darei o meu melhor, como mãe, como mulher. O dia 25/07/2015, é o dia em que renasci, o melhor dia da minha vida. Você é o meu mundo, Bernardo!’’ finaliza Esther.

Por outro lado quando a gravidez é planejada e acontece em uma fase da vida em que os pais já estão mais maduros, a chegada de um filho preenche um eventual vazio na relação do casal, como no caso da secretária Flávia Martins, 31 anos. ‘‘Nunca pensei em ser mãe. Me casei com 21 anos, e sempre dizia que não teria filhos, que era muita responsabilidade. Mas quando cheguei aos 31 comecei a sentir que faltava algo na minha vida, algo que trouxesse alegria para dentro da minha casa. Comecei a sentir solidão, apesar de ter o marido sempre muito presente. Desde o primeiro teste de gravidez, nossas vidas se transformaram por completo. Tive uma gravidez sem absolutamente nenhum problema. É inexplicável a sensação de ter uma vida crescendo dentro da gente. Um misto de ansiedade, medo, alegria e cansaço. Não tinha noção do amor que uma mãe sente pelo seu filho. Hoje meu filho tem 7 meses, se chama Davi Miguel, e é a razão do meu viver’’ diz a jovem.

A idade em que a mulher engravida é algo a ser observado, claro que hoje em dia com o avanço da medicina é possível saber de forma precisa quando uma gravidez será ou não de risco. Para explicar melhor sobre isso conversamos com as médicas Flávia Fernandes dos Santos e H. Satie Suto, ambas formadas pela faculdade de medicina da USP, que se a idade da mulher pode exercer influência na gravidez. ‘‘Sim. pode sim. A quantidade de folículos ovarianos, isto é, a reserva funcional de óvulos da mulher, diminui desde antes do nascimento. A partir da puberdade esses folículos passam a se desenvolver, criando os ciclos menstruais e tornando a mulher fértil, mas a diminuição da reserva ovariana continua ocorrendo progressivamente. Por volta dos 35 anos de idade, essa diminuição faz com que haja alterações hormonais fisiológicas que levam à queda da fertilidade feminina. Outros fatores podem alterar esta estimativa, como doenças genéticas ou metabólicas, exposição a radiação ou tratamentos como quimioterapia. O seguimento pré-natal adequado permite o diagnóstico precoce tanto de doenças maternas quanto fetais, sendo indispensável em qualquer idade, visto que quaisquer destas alterações podem ocorrer independente da idade materna’’.

Ainda de acordo com as médicas, a idade em que o corpo da mulher se encontra mais apto a gestação é por volta dos 25 anos, momento em que o corpo feminino atinge o auge da fertilidade. O que claro, não impede que seja possível uma gravidez tranquila em outro momento da vida. O mais adequado é que o casal, em decisão conjunta decida o momento mais apropriado para planejar uma gravidez.
Ainda é de extrema importância que a mulher saiba quais os cuidados deve tomar para que seu bebê não sofra nenhum risco, uma mudança de hábitos é fundamental, como a questão estética por exemplo. ‘‘Durante a gestação, sobretudo no primeiro trimestre que é o período de formação do embrião, deve-se atentar aos produtos utilizados pelo risco potencial de provocar malformações fetais. Elementos teratogênicos, podem causar malformações fetais. Tintura de cabelo pode conter estes elementos. O ideal é evitar qualquer tintura durante o primeiro trimestre. Após, preferir tintas temporárias ou semi permanentes. Antes de submeter-se ao tratamento estético, é recomendado verificar a composição química da tintura em questão além de consultar um especialista.’’ esclarecem as médicas. Interromper os vícios é essencial para a saúde do bebê e para a mãe também em qualquer fase da vida. ‘‘Durante a gestação, recomenda-se a abstinência total de álcool, tabaco e drogas. Caso a gestante desconheça a gravidez, deve interromper o uso destas substâncias assim que descobrir a gestação devido ao risco de malformações fetais e complicações durante a gravidez’’ completa Flávia.

Quando se fala em saúde um problema que deve ser observado para que não se transforme em algum problema mais sério. ‘‘A depressão pós-parto é uma alteração psíquica materna relacionada às alterações hormonais promovidas após o parto, estando todas as mulheres sujeitas ao risco de seu surgimento. Nos primeiros dias após o parto, existe uma maior labilidade emocional, isto é, a puérpera apresenta choro mais fácil e fica com emoções à flor da pele, mas que em geral não atrapalha os cuidados do bebê e é transitória. Quando esta situação é acentuada, principalmente afetando os cuidados e podendo até haver sentimento de repulsa pelo recém nascido, é necessária ajuda psicológica e eventualmente psiquiátrica.
Escolha por parto normal ou cesariana também é difícil, é bom se atentar e deixar as diferenças entre um e outro bem claras. ‘‘O parto vaginal é a via fisiológica de nascimento como a natureza nos programou para nascer. Ele traz benefícios tanto maternos como perinatais, como menor sangramento em relação a um parto cirúrgico e recuperação pós-parto mais rápida para a mãe e melhor adaptação a vida extrauterina para o feto.

O parto por cesariana é uma via cirúrgica que pode salvar vidas quando bem indicado. Porém, não se deve esquecer que se trata de uma cirurgia e, como todo e qualquer procedimento, traz riscos. Mas hoje em dia existem estudos científicos que desmistificam as dúvidas mais comuns das gestantes e que podem e devem ser discutidos durante a assistência pré-natal de qualidade, além do crescente movimento de conscientização para o parto normal.’’ explicam as doutoras Flávia e Satie.
A gestação é um período de transformação e toda mudança traz dúvidas e incertezas. A informação é o melhor caminho para a segurança neste período. Existem diversos grupos especializados em orientação para gestantes, que podem ajudar. Mas o mais importante é o seguimento pré-natal adequado e esclarecer todas as dúvidas com a equipe de pré-natal. E após o parto, esclarecer as dúvidas com seu obstetra e com o pediatra do bebê.

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Tatiane Bertolino
Olá eu sou a Tatiane Bertolino Especialista em Comunicação Empresarial e Network Graduada em Comunicação Social –Jornalismo pela (UNG) Pós Graduada em Comunicação e Marketing pela FMU Especialista em Linkedin Embaixadora da Rede Mulher Empreendedora(RME) em Guarulhos Ceo do Grupo Tempos Modernos desde 2014 Sócia da aceleradora Metodo3ps Fundadora juntamente com o Luiz Empreendedor do evento Maratona de Negócios das Mulheres Empreendedoras Apresentadora do Programa Empreendendo Online pela Tv Folha Metropolitana Membro BNI Endeavor (Business Networking International).

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