Qual é seu investimento?
Não é novidade pra ninguém que é necessário investir para empreender e que precisamos encontrar recursos para tocar um projeto. E lembrando que projeto pode ser qualquer coisa que você deseja realizar, qual é o investimento que você deve fazer?
Em geral as mulheres que atendo, tem a tendência de investir de forma errada ou de não saber no que investir.
E aqui, não estou falando de um negócio, propriamente. A maioria tem dificuldade de enxergar os próprios sentimentos e a partir deles empreender.
Pode ser que você esteja pensando que não dá tempo de pensar muito porque os boletos não param de chegar… E é verdade!
Eu sei o quanto é difícil, olhar para as necessidades e estar sem grana, ou para aquele trabalho que não te traz o menor prazer, mas a gente está ali só para conseguir pagar as contas. É muito chato mesmo viver a síndrome do Fantástico: Aquela angústia do domingo à noite quando começa o programa e você sabe que a segunda-feira já chegou novamente. Eu sei o que é tirar 20 dias de férias e ficar com medo se quando voltar ainda terá o emprego, mesmo não querendo voltar.
Na maioria dos casos, isso acontece porque fomos treinadas a seguir por um caminho que escolheram por nós. Ou seguimos aquilo que a família ou a sociedade nos conduziu a fazer, ou fazemos exatamente o contrário, para confrontar o sistema. Em qualquer dessas alternativas, essa conta emocional chega.
Então aqui volto à pergunta inicial: Você tem clareza do que quer fazer, do seu objetivo e do seu “pra que”?
Você sabe o que precisa investir? Tempo, energia, foco, determinação, conhecimento, planejamento são investimentos importantes em tudo que deseja empreender.
A questão é que antes de sermos profissionais, somos mulheres e exercemos tantos outros papéis que exigem de nós muita entrega também. E como a grande maioria tem a tendência de atender as demandas dos outros: mãe, pai, filhos, marido, periquito, papagaio…. Acabam deixando seus projetos pessoais e profissionais engavetados.
Essa negação do próprio desejo traz uma grande frustração e sensação de incapacidade. E juntando com as crenças limitantes e as pessoas que puxam pra trás e desencorajam qualquer atitude empreendedora, as mulheres vão se diminuindo para caber no contexto e não deixar ninguém chateado.
Aí se instala em nosso sistema uma grande inimiga: a procrastinação – tema do próximo artigo – se liga.
Por isso a importância de olhar para dentro e buscar as respostas. Investir primeiro em si mesma, buscar a essência, o desejo, a habilidade, o sonho, a criatividade, a criança empreendedora que se joga e vai atrás do que quer. É a partir da própria permissão de ser exatamente quem se deseja ser.
É fundamental entender que tudo tem um tempo para acontecer, mas não desistir e nunca deixar de sonhar. Empreender é se permitir!