No Batuque do Meu Samba é o primeiro DVD do NA HORA H. Gravado ao vivo no Carioca Club Pinheiros em São Paulo,o trabalho conta um pouco da história de um dos novos expoentes do samba e pagode.
Formado há 7 anos por Vitinho (voz), Celsinho (cavaco e voz), Dê (percussão geral), Léo (violão) e Fabinho (percussão e voz), que entrou no grupo logo após a gravação, é um dos nomes mais conhecidos da noite paulistana.
Acompanhado de um time de músicos de primeira, faz média de 25 apresentações por mês e, tem conquistado fãs em várias partes do país com um show que mescla repertório próprio e releituras.
Com influências de grandes nomes da música nacional, como Beth Carvalho, Zeca Pagodinho, Exaltasamba, Belo, Djavan, entre outros, e internacional – Michael Jackson, James Brown e Bee Gees – , o NA HORA H já tem três CDs na bagagem Cena Triste (2008), Tô de Bobeira (2009) e No Batuque do Meu Samba (2011).
No Batuque do Meu Samba Ao Vivo inclui making of e clipes de ‘‘Sem Você Não Faz Sentido’’ , “As Mina Pira” e “Só Você e Mais Ninguém”. O DVD está a venda no site do grupo.
Entrevista
Revista Tempos Modernos: Como a banda começou?
Na Hora H: Começamos por pura diversão como muitos grupos. Cada um dos integrantes já tinha uma história na música antes do Na Hora H, mas já éramos amigos e costumávamos nos encontrar para tocar por lazer e sem compromisso financeiro em aniversários, casamentos e festas de amigos em comum.
Revista Tempos Modernos: Quais são as referências de vocês?
Na Hora H: Todos nós gostamos de samba e pagode, mas também ouvimos outros ritmos, como black Music, MPB, pop, sertanejo. Resumindo, ouvimos de Cartola até o imortal Michael Jackson.
Revista Tempos Modernos: O que vocês acham dessa volta de artistas dos anos 1990, quando o pagode teve um auge de consumo?
Na Hora H: Nós achamos ótimo e somos totalmente a favor. É muito bom para o movimento do pagode mostrar para a nova geração, que não teve a oportunidade ouvir ou assistir, Salgadinho, Márcio Art e Chrigor, os criadores do Projeto Pagode 90. E com eles outros nomes importantes do pagode também estão voltando.
Revista Tempos Modernos: Que dicas vocês dão aos jovens que estão começando no mundo do samba e pagode?
Na Hora H: Nossa dica para os novos grupos é estudem. Estudem voz, estudem seu instrumento, seja violão, cavaquinho, pandeiro, etc. O estudo é muito importante e facilita o caminho até o sucesso.
Revista Tempos Modernos: Quais os principais obstáculos que vocês passaram até chegar aqui?
Na Hora H: Ah, foram muitos e em nossos sete anos de carreira passamos por algumas situações desagradáveis. No início não tínhamos equipamentos de qualidade, as casas de shows não acreditavam em nós e chegamos a tocar de graça só para ter a chance de mostrar o nosso trabalho. E por aí vai!
Revista Tempos Modernos: A qualidade de som e repertório aliado a alegria contagiante do grupo é o fator chave para esse grande sucesso que vocês estão fazendo?
Na Hora H: Graças a Deus, dispomos de uma excelente banda de apoio com músicos de qualidade, os mesmos que gravaram nosso 1°DVD. Somando a isso, nossa alegria, perseverança, vontade de vencer e um repertório bem preparado e dançante, estamos alcançando um resultado muito positivo por onde passamos.
Revista Tempos Modernos: Como vocês estão vendo o mercado do pagode atualmente?
Na Hora H: Existe muita gente boa atualmente e existem também os grupos mais antigos que estão se adequando ao mercado de pagode de hoje. Acreditamos que há espaço para todos, mas por outro lado ficamos tristes quando vemos novos grupos de qualidade que trabalham uma música nas rádios e depois somem por não ter condições de dar continuidade ao projeto e acabam se dissolvendo.
Revista Tempos Modernos: Quais os próximos planos do Grupo na hora H?
Na Hora H: Estamos fazendo audições de músicas inéditas para um novo trabalho, que será lançando em 2015. Já recebemos mais de 250 músicas e estamos selecionando as canções com as quais mais nos identificamos. Ainda não sabemos se será um CD ou CD e DVD. Aguardem!
Revista Tempos Modernos: Como surgiu o nome Na hora H?
Na Hora H: O nome é uma história engraçada. Nessas brincadeiras de nos reunirmos para fazer um pagode surgiu um show importante, palco grande, público de 2 mil pessoas e nós ainda não tínhamos um nome. Na hora do show o apresentador do evento veio até o camarim e perguntou: Com qual nome eu anuncio vocês?
Pensamos, pensamos, falamos uns 200 nomes e aí eu disse: calma gente, na hora h tudo vai dar certo. Aí falei pro rapaz anunciar como grupo Na Hora H e o nome ficou!
Revista Tempos Modernos: Deixe um recado final para legião de Fãs do Na hora H e para todos nossos leitores que acompanham vocês desde longa data.
Na Hora H: Primeiro gostaríamos de agradecer o espaço cedido pela Revista Tempos Modernos. Para nós é uma honra contar um pouco de nossa trajetória para vocês. Também gostaríamos de deixar um abraço a todos os leitores, fãs de todo o Brasil, pagodeiros, sambistas, músicos em geral e dizer que estamos muito felizes em saber que muitos admiram nosso trabalho. Fiquem com Deus e muito obrigado!
Mais informações:
www.nahorah.com.br