Chegou ao fim neste domingo, 21, os jogos Olímpicos Rio-2016. Embora muita gente esqueça que em Setembro ainda teremos a competição Paralímpica e nossos atletas também merecem a torcida.
Mas após duas semanas intensas para o esporte, o Rio e o Brasil se despedem da maior festa do esporte mundial para agora iniciar uma nova disputa, digamos assim.
O Brasil vai precisar mostrar, não para o mundo, mas para os próprios brasileiros que realizar um evento dessa magnitude irá render frutos não só pra o Rio de Janeiro, mas para o país, como aconteceu em praticamente todas as cidades sedes até aqui. Na maioria delas o famoso “legado” de fato existiu.
O temor de que não seríamos capazes de realizar a competição foi se dissolvendo à medida que as coisas iam saindo de acordo com o que foi planejado. Evidente que muita coisa poderia ter sido melhor, e em muitos aspectos não funcionou como deveria, exemplo da Vila Olímpica, amplamente noticiada no antes dos jogos começarem pelo estado ruim de alguns apartamentos.
Mas o fato é que desde a abertura o brasileiro ficou com sensação de que faríamos bem feito o trabalho a que nos comprometemos a fazer. Foi uma festa que encantou o mundo e devolveu, ao menos por quinze dias, um orgulho de ser brasileiro que aparentemente estava adormecido.
O encerramento seguiu a mesma linha, uma festa que mostrou um pouco do país para aqueles que ainda não conheciam e provou até mesmo para os mais críticos que com um pouco de boa vontade podemos realizar grandes feitos.
Mas festa não é novidade que sabemos fazer, são em termos estruturais e esportivos que a coisa pode se complicar. A competição agora é para que tudo o que foi usado, investido e prometido seja revertido para a população do Estado do Rio de Janeiro e gere frutos para o país.
Passada a euforia é necessário que o país, em diversas esferas, não perca a chance de aproveitar ao máximo o que a competição pode deixar. É preciso esforço de todas as partes, do governo e também da população, que fique atenta da mesma forma que ficou nas disputas por medalha, na situação da cidade, que torça e cobre com o mesmo afinco que torceu e também cobrou, Neymar, Marta, Rafaela, Thiago e todos os demais para que seja cumprido o que foi prometido.
No âmbito esportivo, comemoramos a melhor campanha até aqui com a 13ª colocação no quadro de medalhas, porém, é preciso que campeões deixem de ser casos raros aqui e ali e passem a ser construídos, treinados, acreditados, para que nos tornamos a força olímpica que claramente temos potencial e material humano para sermos.
Em linhas gerais os Jogos Olímpicos tiveram saldo bem positivo e a competição deixará saudades. Agora resta fazer o balanço e colocar as mãos a obra, afinal, festa é possível fazer em apenas quatro anos, mas campeões e um país melhor levará um pouco mais de tempo.