A cada ano, cresce o número de pessoas que realizam ações voluntárias voltadas para o bem-estar comum. Estudantes, executivos, donas de casa e aposentados dedicam seu tempo, carinho, talento e energia ao próximo, arregaçando as mangas e não medindo esforços para melhorar a vida e o futuro de muita gente.
Eles, assim como milhões de cidadãos de todo o mundo, acreditam que, com solidariedade e boa vontade, é possível transformar a sociedade.
O trabalho voluntário existe há muito tempo. Mas, antes, a ajuda ao próximo era um conceito atrelado à religião, pois apenas os padres, freiras e religiosos dedicavam-se aos trabalhos sociais, sem remuneração. Às demais pessoas cabiam apenas fazer caridade, como por meio da doação de dinheiro e de objetos sem uso.
Porém, para a sorte de todos nós, o mundo evoluiu. Em vez de ficar de braços cruzados, pessoas das mais diversas profissões e idades estão percebendo que podem mudar, aqui e agora, a realidade à sua volta. Se cada um fizer um pouquinho, um pequeno gesto pode se tornar algo grandioso. E quem ganha com isso somos todos nós, que deixaremos aos nossos filhos um mundo mais iluminado e próspero.
E o voluntariado é uma via de mão dupla! Afinal, quando você se dedica ao próximo, também está recebendo em troca calor humano, convivência com pessoas diferentes, oportunidade de aprender coisas novas e a alegria de se sentir útil e especial na vida do outro.
Ficou empolgado com a ideia, mas não sabe por onde começar? Escolha uma atividade que lhe dê prazer, pois gostar do que faz é essencial. Calcule, também, o tempo de que dispõe e a frequência com que você pode participar, para assumir o trabalho com responsabilidade. Procure conhecer pessoalmente algumas organizações sociais, converse com pessoas que já façam trabalho voluntário e veja se as necessidades da organização coincidem com suas possibilidades e interesses.
Dedicar-se a algum trabalho voluntário pode ser significativo para sua carreira. As empresas valorizam este aspecto devido à mudança que esta atividade causa em quem a desenvolve e pela experiência adquirida. “Imagine uma pessoa que nunca teve contato com a realidade das favelas, hospitais públicos ou com as dificuldades de doenças graves e deficiências físicas ou mentais”. Quando ela passa a conviver com isto, a visão de mundo muda completamente, ela descobre outro universo.
É fácil encontrar quem precisa de ajuda, as ONGs (Organizações não governamentais) atuam em várias áreas e têm demanda constante dos mais diversos profissionais. Não é difícil encontrar uma com um perfil que lhe interesse e que esteja fisicamente próxima a você.
Não é difícil encontrar uma com um perfil que lhe interesse e que esteja fisicamente próxima. Você é quem define o tempo de dedicação assim fica fácil conciliar com seus estudos. Mas atenção: é preciso ser responsável e manter o compromisso assumido com a entidade
É um bom momento para treinar o que você aprende escolher uma atividade ligada à sua área é a melhor opção. Atuações mais abrangentes do que num estágio convencional na maioria das vezes, as estruturas são pequenas, nas quais quem trabalha realiza um pouco de tudo. A ampla visão de todos os aspectos da atuação profissional é extremamente positiva.
Possibilidade de desenvolver projetos e colocar ideias em prática em uma entidade é muito mais simples colocar em prática novas ideias.
Grandes empresas possuem processos decisórios mais longos e nem sempre estão abertas a inovações experimentais.
Sentir que seu trabalho ajuda quem precisa a intensidade varia de pessoa para pessoa, mas é fácil imaginar a satisfação de ver que seu trabalho está mudando, diretamente, a realidade de pessoas que precisam.
Todos podem ser voluntários todos podem contribuir a partir da ideia de que o que cada um faz bem pode fazer bem a alguém.
O que conta é a motivação solidária, o desejo de ajudar, o prazer de se sentir útil. Muitos profissionais preferem colaborar em áreas fora de sua competência específica, exatamente para se abrir a novas experiências e vivências.
Cada um é voluntário a seu modo, alguns são capazes individualmente de identificar um problema, arregaçar as mangas e agir. Outros preferem atuar em grupo. Grupos de vizinhos, de amigos, de estudantes ou aposentados, de colegas de trabalho que se mobilizam para ajudar pessoas e comunidades.
Por vezes, é uma instituição inteira que se mobiliza, seja ela um clube, uma igreja, uma entidade beneficente ou uma empresa.
Voluntariado é escolha, cada um contribui na medida de suas possibilidades, com aquilo que sabe e quer fazer. Uns têm mais tempo livre, outros só dispõem de algumas poucas horas por semana. Alguns sabem exatamente onde ou com quem querem trabalhar, outros estão prontos a ajudar no que for preciso, onde a necessidade é mais urgente. Cada compromisso assumido, no entanto, é para ser cumprido.
Um dos vários grupos de trabalho voluntário é o Noites Solidárias, que entrega carinhosamente refeição, roupas e água para aproximadamente 1000 pessoas em situação de rua.
Para Henrique Dodpoka, Vice Presidente do projeto fazer parte do trabalho voluntário faz aumentar em sua vida um amor fraterno. ‘‘Comecei o trabalho voluntário sem nenhuma pretensão, apenas com a vontade de fazer alguma coisa por alguém. Em pouco tempo fui tomado completamente pela maravilhosa experiência da troca de sapatos, de saber que alguém em algum lugar tem uma estória de vida que fará todo sentido na minha e que eu tenho um bem maior que quanto mais entrego mais cresce o amor fraternal’’, conta Henrique.
O diretor de comunicação do Projeto, Jomar Monteiro, o sentimento solidário e altruísta existe em muitas pessoas. ‘‘O filósofo Jean-Jacques Rousseau diz que a natureza humana é essencialmente boa e que todo homem nasce bom e é a sociedade que o corrompe. Eu acredito que o mundo é composto por dois tipos humanos, os egoístas e os não egoístas. Os egoístas são aqueles que se entregam a um mundo repleto de desejos, já os nãos egoístas são estranhas criaturas que só encontram a perspectiva de felicidade num mundo onde o outro também possa ser feliz. E a despeito daquilo que é propagado pela mídia, essas pessoas empáticas e solidárias são muitas e estão por toda parte, sonhando e vivendo esse sonho de um mundo mais justo e consequentemente de paz’’ diz Monteiro.
Na visão de Mayra Monteiro, diretora presidente do Projeto Noites Solidárias, o trabalho voluntário funciona como uma troca. ‘‘Acredito que já nasci para o trabalho voluntário, me lembro que quando tinha sete anos fiquei com febre alta porque assisti uma reportagem de uma criança que havia sido deixada na rua e minha mãe não quis ir buscá-la. Desde então sempre estive envolvida em diversos trabalhos sociais até que há 09 anos comecei com alguns amigos o Projeto Noites Solidárias, nas ações procuro no olhar alguém que precise de um abraço, um sorriso, uma conversa assim como eu e acontece a mágica do trabalho voluntário: uma troca incondicional de amor fraterno. Essa é a minha maior felicidade!’’ diz orgulhosa Mayra.
Ajudar ou ser voluntario no Noites Solidários
Telefone : (11) 99266-8027
E-mail: mayra.monteiro2011@hotmail.com
Facebook: projetonoitessolidarias
Quem também realiza um grande trabalho de voluntariado, e a Cruz Vermelha, conversamos com pessoas que trabalham como voluntários por lá e também com algumas pessoas que recebem a ajuda um dos casos é o do Jordy Nogueira, beneficiado pelo trabalho da Cruz Vermelha, o depoimento dela nos dá uma noção de como esse trabalho é de extrema importância. ”Para tentar salvar minha mãe em um incêndio, sofri queimaduras de primeiro, segundo e terceiro graus. Nós perdemos tudo. Foi um momento de dor pra minha família: ter de morar na rua com um garoto queimado. Quando eu saí do fogo, me levaram para um hospital que não tinha recursos para queimaduras. O médico passou uma pomada no meu corpo e meu deu alta, mas eu estava queimando com as dores. Minha família e eu passamos por muitas necessidades. No dia do incêndio, eu conheci a equipe da Cruz Vermelha e consegui o tratamento adequado pra mim. Foi como se eu tivesse conhecido um anjo. O que a Cruz Vermelha fez é algo que não dá pra dizer com palavras. Eu não estava confiante de que iria melhorar, mas fui levado para o hospital e comecei o tratamento, que dura até hoje. Foi um processo doloroso, mas a Cruz Vermelha me ajudou muito e continua me ajudando até hoje com pomadas, curativos e inclusive com a cirurgia que eu fiz e que minha família não teria condições de bancar. Por meio do hospital, hoje eu estou quase totalmente recuperado”, conta Jordy.
Para Yeda Pezzorgnia, voluntária na Cruz Vermelha, a sensação de estar fazendo sua parte é a melhor coisa. ‘‘A melhor coisa é quando você está na sua casa se alimentando e pensa: “Que bom que hoje também tem gente recebendo alimentos!”. Porque sabemos que a necessidade existe e que é muito duro para algumas pessoas. Se cada um fizer um pouquinho, já é possível melhorar a cidade, o estado, o mundo.’’ conta.
Esse é realmente o sentimento, de felicidade por ajudar a quem precisa.
Endereço da Cruz Vermelha: Avenida Moreira Guimaraes, 699 – Indianópolis – São Paulo
Mais informações estão disponíveis em: www.cvsp.org.br
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