Vivemos um mundo em que a maioria das opções de lazer que não estão relacionadas com tecnologia terá que lutar e muito para não perderem seu espaço E isso é um ponto muito delicado por que envolvem outras tantas questões um pouco mais complexas, como pessoas perdendo emprego, vendo aquela arte que aprenderam desde criança não servir mais.
Nesse cenário o circo segue lutando para ainda fazer a alegria de adultos e crianças, trabalho realizado durante anos com enorme sucesso. Chega a ser um pecado perceber a possibilidade de situações como essas ocorrendo.
Não quer dizer que o circo esteja ”morrendo”, não é isso. Aqui mesmo na cidade de Guarulhos o circo fez um enorme sucesso durante as férias. Mas a tarefa não é simples, como se pode imaginar, o que de forma alguma diminui sua importância, uma vez que muito mais do que apenas entretenimento o circo é usado como uma espécie de trabalho social, contribuindo com a construção de uma sociedade com mais oportunidades para jovens de comunidades carentes, dando a elas uma perspectiva de futuro através dos ensinamentos transmitidos.
Então não é nenhum equívoco dizer que incentivar essa cultura é contribuir para que ações desse tipo sejam cada vez mais frequentes.
Claro que assim como todo tipo de entretenimento, o circo teve de se adaptar a uma nova realidade.
O show se modernizou e novas práticas foram incorporadas ao picadeiro. Certamente os espetáculos não são iguais aos que nossos pais e avós viam há tempos, hoje a visão é mais moderna, quase que como um tipo de empreendimento.
E é natural que assim seja, é necessário um trabalho e cuidado maior com planejamento, logística além de um trabalho bem mais criterioso de divulgação para ser capaz de competir em pé de igualdade com outras opções de lazer que as crianças, e porque não dizer os próprios adultos, possuem a disposição.
O que é importante destacar é que a magia do circo não fica apenas no sentido de entreter, mas também por ser usado como uma ferramenta social, como forma de dar uma perspectiva a jovens oriundos de comunidades carentes, como faz, por exemplo, o ator Marcos Frota, em diversas comunidades do Rio de Janeiro e que esteve em Guarulhos durante as férias com o seu ”Circo dos Sonhos”.
Viver do circo ainda é uma tarefa árdua, mas se você perguntar a qualquer artista a resposta virá automática,
quase que como um discurso ensaiado de que não existe preço que pague o sorriso de uma criança ao ver os artistas em cena. Se levarmos em consideração que a arte circense é milenar, grandes circos percorrem todo o país encantando adultos e crianças e somando a isso todo o trabalho social que o circo é capaz de desenvolver é impossível duvidar que esse seja um discurso vazio.
Ainda com todas as dificuldades, seja você do circo ou não, o discurso precisa ser o mesmo:
O SHOW TEM QUE CONTINUAR!
