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segunda-feira, novembro 25, 2024

Protagonismo no mundo corporativo

Protagonismo! Por que este tema tem sido tão falado e tão discutido nas empresas hoje em dia? Por que “ter um time de protagonistas” é, hoje, muito mais decisivo para o sucesso de uma corporação do que era antigamente?

Protagonismo no mundo corporativo

Pra começar este assunto, é preciso entender o significado desta palavra e de seu antônimo. PROTAGONISMO e ANTAGONISMO derivam do mesmo radical: AGONIA, que é uma palavra discriminada. Geralmente associamos agonia a algo ruim, que dá aflição, que dá angústia, mas trata-se de uma palavra bonita. AGONIA vem do grego e significa LUTA. Quem agoniza, portanto, luta pela vida, luta para manter-se vivo.

PRO TAGONISTAS (pró agonia), lutam então A FAVOR de algo, enquanto os ANTA GONISTAS (anti agonia), lutam contra algo ou alguém. Nos filmes, lutam contra o protagonista ou contra a sua causa.

Quando pensar em Protagonismo, pense nisso. Ser Protagonista é ser Lutador. É lutar a favor. É você tomando as rédeas da sua vida em favor de uma causa (ou melhor, das causas) que você ESCOLHER para lutar.

Mas acontece que, diferente do que acontece nos filmes, nós somos os Protagonistas e também os Antagonistas da nossa própria vida. É claro que existem os obstáculos, é claro que podem existir forças externas que nos atrapalham a alcançar alguns objetivos, mas somos sempre nós que insistimos em lutar a favor (protagonismo) ou deixamos de lutar, deixando que as forças antagonistas vençam. Sempre nós.

E quando assumimos as responsabilidades pela nossa história, pelo “filme” que estamos contando da nossa vida, nos tornamos agentes de mudança de nós mesmos e também nos tornamos agentes de mudança do mundo.

Aliás, aqui cabem algumas provocações. Respondam às seguintes perguntas. Você acredita que está em constante evolução? Que hoje é um ser mais evoluído do que ontem? Você acredita também que é capaz de ser um agente de mudança das pessoas à sua volta? Mais do que isso, você acredita ser capaz de promover mudanças no mundo, nem que seja no mundo mais próximo de você (seu bairro, sua cidade)? Você acredita nisso?

Se você respondeu sim, parabéns! Segundo o psicólogo e pesquisador Daniel Goleman, no livro O poder da Inteligência Emocional, você faz parte de cerca de 2% da população mundial, que acredita e – principalmente – busca a sua própria evolução e a evolução do mundo constantemente. Esse número é chocante, mas é verdade. Só 2% dos seres humanos têm essa atitude/inquietude em relação à vida e ao mundo, sempre buscando melhorar. Sinta-se privilegiado.

Mas mesmo que você tenha respondido não, eu tenho uma boa notícia pra você. Sua resposta não significa que você não seja um agente de mudança e sim que você ainda não criou consciência da sua capacidade. Ainda não tomou consciência do poder de influência que exerce nas pessoas.

Explico e exemplifico.

Todos nós somos capazes de promover grandes transformações. Para provar minha tese, peço que pergunte a alguém próximo: “Eu já fiz algo ou te disse algo que foi importante pra você?”. Tenho certeza que a resposta desta pessoa te surpreenderá. E o contrário também vale. Esta pessoa provavelmente também não faz ideia das coisas que já fez ou disse pra você e que foram transformadoras para sua história. Somos agentes de mudança das histórias alheias, assim como somos influenciados o tempo todo pelas pessoas à nossa volta.

E o exemplo que eu trago foi uma conversa que tive com a minha mãe há alguns dias. Ela estava um pouco pra baixo e me confidenciou que não se sentia importante, que não conseguia enxergar a importância dela para o mundo. Então fiz algumas perguntas pra ela: Mãe, você tem orgulho de mim? Ela respondeu “sim, me orgulho muito de você”; Tem orgulho dos meus irmãos? Ela respondeu “sim, tenho muito orgulho dos meus 4 filhos”; E dos netos que você tem, você se orgulha? “claro, meus netos são pessoas incríveis”; E qual é o tamanho da sua responsabilidade sobre a formação de caráter e de personalidade dessas pessoas que eu citei e que você disse que se orgulha? Então ela ficou vermelha, abriu um sorriso e percebeu que contribuiu sim, e muito, para o mundo. E olha que eu citei apenas o seu poder de influência sobre os filhos e netos, mas minha mãe é uma mulher incrível que já influenciou positivamente a vida de muitos amigos e familiares, além de nós.

Mas vejam. Isso pode ser bom ou ruim. As pessoas que nos cercam podem ser o céu ou o inferno nas nossas vidas. Podem nos proporcionar momentos de felicidade e nos motivar a buscar coisas boas, a sermos melhores. Assim como podem nos proporcionar momentos de tristeza e nos desmotivar, incentivar que sejamos antagonistas de nós mesmos. Você com certeza conhece alguém assim.

Imagino que tenha ficado claro então que, apesar de protagonismo ser algo muito íntimo, do nosso EU, as pessoas com quem nos relacionamos são extremamente importantes no nosso caminho. E, mais importante que isso, as pessoas que estão no nosso caminho também fazem parte das nossas escolhas. Portanto procurem ser pessoas que exercem forças positivas aos outros, além de trazer para perto de si pessoas que agregam, que somam, que incentivam você a contar uma história cada vez melhor, de cada vez mais sucesso.

Voltando ao cenário corporativo e respondendo ao questionamento do primeiro parágrafo, é importante perceber que antigamente havia aquele líder de projeto, que podemos comparar ao protagonista de um filme, que comandava e direcionava todos os seus fiéis escudeiros (coadjuvantes), todos os demais agentes importantes para a execução daquele projeto. Antigamente, um projeto com estas características obtinha sim, seus resultados.

Hoje, porém, o cenário mudou. A velocidade evolutiva das empresas não permite mais que apenas o líder de um determinado projeto assuma um papel de protagonista enquanto os demais assumem uma atitude apática, reativa, de assistente ou seguidor apenas. É imprescindível, para o sucesso de um projeto, que todos os envolvidos assumam o protagonismo de seus papéis e lutem em favor daquele objetivo, utilizando sua pró-atividade e suas habilidades em prol do objetivo final.

Afinal, é somando nossas competências individuais, nossas inteligências exclusivas, que somos capazes de realizar grande feitos.

Luciano Luna
Luciano Luna
Em 2017 Luciano Luna se tornou Roteirista de Cinema, um sonho antigo que enfim decidiu colocar em prática. Esta transformação o inspirou a criar a empresa AutoconheCINEMA que, além de desenvolver roteiros para ajudar empresários a vender seus produtos e serviços com mais ludicidade e de forma mais persuasiva, também utiliza a magia do Cinema para promover Desenvolvimento Humano.

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